quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Claudinei x Silas x Chamusca x Maria x Geninho

Claudinei Oliveira é um fenômeno. Ou, pelo menos, sua campanha no Avaí é. Em 23 jogos, ele soma 16 vitórias, quatro empates e três derrotas: um aproveitamento 75,36% dos pontos.

Para tentar medir o quão espetacular é o desempenho de Claudinei à frente do Leão, comparamos sua campanha com os 23 primeiros jogos de outros quatro treinadores que tiveram passagens destacadas pelo Avaí nos últimos anos, conquistando títulos e/ou alcançando acesso à Série A: Silas (2008), Péricles Chamusca (2010), Hémerson Maria (2012) e Geninho (2014).

Pra começo de conversa, nenhum desses conseguiu somar tantos pontos nos primeiros 23 jogos quanto Claudinei (52). Quem chegou mais perto foi Silas, em 2008 (49).

O início do treinador que conseguiu o primeiro acesso à Série A para o Avaí foi impressionante. Basta dizer que Silas venceu suas cinco primeiras partidas, nas quais o time marcou 19 gols e não sofreu nenhum. Ou então, que o Leão só sofreu um gol nos primeiros oito jogos com ele como comandante. Ou, ainda, que ele só foi perder na 15ª partida e que teve uma derrota a menos que Claudinei em seus primeiros 23 jogos (mas empatou três partidas a mais).


 
O número de gols marcados pelo time nos primeiros 23 jogos de cada treinador talvez seja o melhor indicativo sobre as diferenças de estilo de cada equipe. Mesmo tendo a melhor campanha entre os cinco, Claudinei foi o que viu seus comandados balançarem a rede menos vezes (31). Reflexo de um time sólido defensivamente, mas com ataque não tão poderoso assim. 

Na outra ponta, está Silas, que levou o Avaí a marcar 54 gols em seus primeiros 23 jogos em 2008. Foram 19 nos primeiros cinco, como já citamos (média de 3,80 por partida). Goleadas contra Juventus (5x0), Chapecoense (6x0), Vila Nova (4x1), América de Natal (5x1) e CRB (5x1), entre outros jogos, marcaram a primeira "Era Silas".


E se o forte do time do Claudinei é a defesa, nada mais natural que seja ele o treinador com menor número de gols sofridos nas primeiras 23 partidas (11, ou menos de um a cada dois jogos). Em segundo no ranking vem novamente Silas, cujo time era uma máquina de fazer gols, mas também não os sofria muito: foram 18 nos primeiros 23 jogos. Tido como "retranqueiro", Hémerson Maria viu seu time sofrer 25 gols, mais que um por confronto, em média.



Não é exagero, portanto, dizer que Claudinei Oliveira teve um início de trabalho dos mais espetaculares da história do clube. Melhor até que o de treinadores com passagens de destaque recentes. No entanto, melhor que começar bem, é terminar bem. Silas, Maria e Chamusca foram campeões estaduais e, mesmo contestados, têm seu nome marcado na história do clube com uma conquista. O primeiro ainda levou o Avaí ao seu primeiro acesso à elite nacional e até a sexta colocação da Série A antes de sair do clube na temporada 2010 para dirigir o Grêmio.

Claudinei pode conseguir algo parecido com isso? Ao que seu início indica, sim.

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