segunda-feira, 24 de abril de 2017

Os líderes

Encerrada a primeira fase do estadual e a participação do Avaí na Copa do Brasil e na Copa da Primeira Liga, trazemos, a seguir, os líderes do Avaí em vários quesitos. Até o momento, o Leão disputou 23 jogos na temporada.

Jogos disputado

1º Alemão - 20
     Betão - 20
     Júnior Dutra - 20
     Kozlinski - 20

Minutos em campo

1º Alemão - 1.914
     Betão - 1.914
     Kozlinski - 1.914

Minutos em campo por jogo (média)

1º Douglas - 97min
     Salazar - 97min
3º Alemão - 95min42s
     Betão - 95min42s
     Kozlinski - 95min42s

Gols marcados

1º Denílson - 8
2º Júnior Dutra - 7
3º Rômulo - 6

Minutos necessários para fazer gol (média)
 
1º Vinícius Pacheco - 152min30s
2º Denílson - 173min38s
3º Júnior Dutra - 225min34s

Assistências

1º Júnior Dutra - 4
     Leandro Silva - 4
3º Diego Jardel - 3

Minutos necessários para fazer assistência (média)

1º Leandro Silva - 286min
2º Diego Jardel - 373min
3º Júnior Dutra - 394min45s

Participação em gols (gols + passes)

1º Júnior Dutra - 11
2º Denílson - 9
3º Rômulo - 8

Minutos necessários para participar de gol (média)

1º Júnior Dutra - 143min32s
2º Vinícius Pacheco - 152min30s
3º Denílson - 154min20s

Cartões amarelos

1º Alemão - 6
    Caio César - 6
    Capa - 6

Minutos necessários para receber cartão amarelo (média)

1º Caio César - 141min30s
2º Santarém - 142min
3º Yuri - 166min

Mais minutos em campo e nenhum cartão recebido

1º Rômulo - 1.414
2º João Paulo - 516
3º Vinícius Pacheco - 305

Gols sofridos (goleiros)

1º Kozlinski - 17
2º Douglas - 2
     Matheus Gutz - 2

Minutos necessários para sofrer gol (média)

1º Matheus Gutz - 48min
2º Douglas - 97min
3º Kozlinski - 112min35s

sábado, 15 de abril de 2017

Análise da produção dos "cinco titulares" do sistema ofensivo

Denílson, Diego Jardel, Júnior Dutra, Marquinhos e Rômulo são cinco jogadores para quatro vagas no sistema ofensivo avaiano. Com a lesão de Denílson, Claudinei Oliveira não vai ter o "problema" agora de ter que escolher um para sair. Mas, se o artilheiro do Avaí na temporada voltar, quem sai? Diego Jardel é a resposta mais comum entre os torcedores. Será que ele merece esse status de o mais dispensável dos cinco? Recorremos aos números dos 20 jogos do Leão no ano para tentar achar respostas.

Análise individual

O que se espera de um jogador do sistema ofensivo é que faça gols e/ou dê passe para eles.  Vamos ver, então, como está a produção ofensiva de cada um em 2017.


Com Marquinhos poupado em vários jogos e os outros três tendo sofrido lesões, o inquebrável Júnior Dutra destaca-se como jogador dentre os cinco que mais partidas disputou no ano. As lesões, aliás, fazem com que os cinco atletas analisados tenham média de tempo em campo de jogador titular, mesmo Claudinei não tendo iniciado nenhuma partida com um quinteto ofensivo.  No entanto, como foi reserva no início da temporada, Dutra acaba perdendo, por cinco minutos, para Denílson no somatório de minutos e tem a menor média de tempo em campo por jogo dentre os cinco. A maior média é de Rômulo.

No quesito artilharia, Denílson lidera, seguido de perto por Júnior Dutra. Marquinhos e Diego Jardel são os que têm menos gols, o que é até natural, já que, do quinteto, são os dois meias, enquanto os outros três são o que se pode chamar de "atacantes de ofício".

Nas assistências, Dutra é quem lidera, seguido por Jardel. Marquinhos é o único que ainda não deu passe para gol em 2017. Sua última assistência ocorreu há mais de seis meses, em 30 de setembro, na vitória por 2 a 0 contra o Paysandu pela Série B. Um fato curioso para o jogador que é considerado o cérebro do time.

O combo gols + assistências faz de Júnior Dutra o jogador com mais participações em gols no ano, seguido por Denílson, esse bem mais artilheiro que garçom. Não é surpresa, portanto, que Denílson seja o jogador que menos tempo precisa para fazer gol, enquanto Dutra é o que menos tempo leva para participar de um gol. No outro extremo, estão Diego Jardel e Marquinhos, os piores nos dois quesitos.

O que esses números indicam é que Denílson e Júnior Dutra são nossos jogadores de ataque mais efetivos. Dos cinco avaliados, Rômulo é o terceiro em gols, assistências, participação em gols, minutos necessários para fazer gol e minutos necessários para participar de gol. Ou seja, é a "terceira força" do nosso ataque, enquanto Marquinhos e Diego Jardel, pelo menos nos números, estão próximos entre si e distantes do trio. Fica como destaque que o contestado Jardel participou do dobro de gols de Marquinhos, mesmo tendo 109 minutos a menos de tempo em campo.

Análise coletiva

Mas como essas cinco peças se encaixam? Vamos ver, nos números, qual dos quartetos formados com esses cinco jogadores foi o mais efetivo até agora.


O quadro acima traz os números absolutos de minutos em que o quarteto atuou junto e gols que o Avaí marcou nesses minutos. Das cinco combinações possíveis, a que atuou mais tempo e com a qual o Leão fez mais gols foi aquela que não tinha Júnior Dutra, a mais usada no início da temporada, tanto que foi utilizada pela última vez na partida contra o Luverdense, em 1 de março.

Com duas das combinações - uma sem Denílson e a outra sem Rômulo -, o Avaí não conseguiu fazer gols. Preocupa o fato de o quarteto sem Denílson ser o que atuou mais tempo (143min) sem que o Leão tenha marcado um gol, já que o artilheiro da temporada é o lesionado do momento.


No gráfico acima, está o tempo que o Avaí leva para marcar um gol com cada quarteto. Não há grande diferença entre eles. Apenas 4min15s de média (ou 4,25 minutos) separam o primeiro do terceiro. O menor tempo necessário (56min), curiosamente, foi registrado com o quarteto sem Júnior Dutra, o jogador que mais participa de gols. Isso porque ele foi mais usado no início da temporada, quando o Avaí, aproveitando o entrosamento do ano anterior, atropelava os adversários. Esse quarteto não é usado há 45 dias e não fez gol nos últimos 104 minutos em que atuou.

Na sequência, vem o quarteto sem Marquinhos, com o qual o Avaí faz um gol a cada 57min45s (ou 57,75 minutos). A pouca diferença para o primeiro quarteto mostra que a vida sem o Galego pode não ser tão difícil como pintam. Essa formação foi a única das cinco em que Diego Jardel atuou como meia-armador, e não como meia-atacante de lado, e na qual conseguiu suas três assistências, todas em lances de bola parada (quando está em campo, Marquinhos é o homem da bola parada). E dá pra ver um copo meio cheio ou meio vazio aqui. Por um lado, esse quarteto foi usado apenas em jogos fora de casa e, em tese, mais difíceis. Ao mesmo tempo, os adversários - Atlético Tubarão, Almirante Barroso e Brusque - são todos times de Série D ou sem divisão e, em tese, mais fáceis.

Com o terceiro quarteto, o Avaí faz um gol a cada 60min15s (ou 60,25 minutos). Essa é a combinação sem Diego Jardel.

E então?

O que os números indicam é que, estando todos em forma, é mais que provável que o trio Denílson, Júnior Dutra e Rômulo traga melhores resultados se for titular. A escolha por Marquinhos ou Diego Jardel é defensável tanto por um lado como por outro, e não é tão óbvia assim.

Mesmo sendo inegavelmente um jogador com menos recursos técnicos, Jardel entregou, até o momento, pouco mais que o Galego, ao contrário do que o senso comum indica. A opção por Marquinhos no momento fica mais pelo seu passado, pelo que se espera que ele ainda possa render (por ter muito mais qualidade técnica) e por atributos não quantificáveis, como liderança e carisma.

Não incluímos na análise jogadores como ou Lourenço e Vinícius Pacheco, que já tiveram alguma produção ofensiva (gol ou assistência), porque o seu reduzido tempo em campo no ano geraria médias distorcidas.

quinta-feira, 6 de abril de 2017

No clássico, é melhor ser pior

Criou-se, nos últimos anos, a ideia de que no clássico Avaí x Figueirense o favorito dá-se mal e que bom mesmo é chegar ao jogo por baixo para vencê-lo. Mas o que tem de "verdade" nessa história?

Olha, tem bastante coisa de verdade e os números mostram isso. Para chegar a essa conclusão, consideramos os clássicos desde 2007 para cá, desde o famigerado "clássico do Johann". Não só pelo fato de serem os últimos 10 anos, mas porque aquele jogo marca o início do que se pode chamar "a maldição do favorito" no clássico catarinense.

Em 2007, o Avaí chegou aos dois clássicos no Campeonato Catarinense com melhor campanha que o Figueirense, mas acabou perdendo as duas partidas (0x3 e 0x1), algo que se tornaria comum, para os dois clubes, no decênio seguinte. Levantamento que fizemos mostra que, desde 2007, o time que tinha melhor campanha - seja Avaí ou Figueirense - venceu apenas cinco de 31 clássicos, com 11 empates e 15 vitórias do time de pior campanha. A conta não inclui jogos da Copa Santa Catarina.

Nesse período, o Avaí chegou a 13 clássicos com melhor campanha na competição que o Figueirense. No entanto, conseguiu vencer apenas um desses jogos, empatou sete e perdeu cinco. Já o co-irmão tinha melhor campanha em 18 clássicos, dos quais ganhou quatro, empatou quatro e perdeu 10.

Confira abaixo a lista de jogos. Entre parênteses, a pontuação que cada clube tinha na competição antes do clássico.

Clássicos em que o Avaí tinha melhor campanha

1) Figueirense 3x0 Avaí - Catarinense 2007 (Avaí 8pts., Figueirense 6pts.)
2) Avaí 0x1 Figueirense - Catarinense 2007 (Avaí 32, Figueirense 27)
3) Avaí 0x3 Figueirense - Catarinense 2008 (Avaí 19, Figueirense 15)
4) Figueirense 1x1 Avaí - Catarinense 2009 (Avaí 8, Figueirense 5)
5) Avaí 1x1 Figueirense - Catarinense 2009 (Avaí 25, Figueirense 19)
6) Figueirense 2x2 Avaí - Catarinense 2010 (Avaí 11, Figueirense 4)
7) Avaí 1x1 Figueirense - Catarinense 2010 (Avaí 34, Figueirense 24)
8) Avaí 1x1 Figueirense - Catarinense 2010 (Avaí 44, Figueirense 33)
9) Avaí 0x1 Figueirense - Catarinense 2012 (Avaí 15, Figueirense 11)
10) Avaí 0x4 Figueirense - Série B 2013 (Avaí 53, Figueirense 46)
11) Avaí 1x1 Figueirense - Série A 2015 (Avaí 10, Figueirense 7)
12) Avaí 1x0 Figueirense - Catarinense 2016 (Avaí 8, Figueirense 5)
13) Avaí 0x0 Figueirense - Catarinense 2017 (Avaí 16, Figueirense 8)

 Clássicos em que o Figueirense tinha melhor campanha

1) Figueirense 0x2 Avaí - Catarinense 2008 (Figueirense 40, Avaí 36)
2) Figueirense 2x2 Avaí - Catarinense 2011 (Figueirense 12, Avaí 4)
3) Avaí 0x1 Figueirense - Catarinense 2011 (Figueirense 30, Avaí 21)
4) Figueirense 0x2 Avaí - Catarinense 2011 (Figueirense 39, Avaí 27)
5) Figueirense 2x3 Avaí - Série A 2011 (Figueirense 26, Avaí 14)
6) Avaí 1x1 Figueirense - Série A 2011 (Figueirense 57, Avaí 30)
7) Figueirense 2x2 Avaí - Catarinense 2012 (Figueirense 33, Avaí 25)
8) Avaí 3x0 Figueirense - Catarinense 2012 (Figueirense 44, Avaí 36)
9) Figueirense 1x2 Avaí - Catarinense 2012 (Figueirense 44, Avaí 39)
10) Figueirense 1x0 Avaí - Catarinense 2013 (Figueirense 13, Avaí 9)
11) Avaí 2x1 Figueirense - Catarinense 2013 (Figueirense 29, Avaí 22)
12) Figueirense 1x3 Avaí - Série B 2013 (Figueirense 22, Avaí 16)
13) Figueirense 1x2 Avaí - Catarinense 2014 (Figueirense 8, Avaí 4)
14) Avaí 1x1 Figueirense - Catarinense 2015 (Figueirense 15, Avaí 6*)
15) Avaí 1x0 Figueirense - Copa do Brasil 2015** (Figueirense 42, Avaí 11)
16) Figueirense 2x0 Avaí - Copa do Brasil 2015 (Figueirense 42, Avaí 11)
17) Figueirense 0x1 Avaí - Série A 2015 (Figueirense 27, Avaí 26)
18) Figueirense 1x0 Avaí - Catarinense 2016 (Figueirense 19, Avaí 17)

*o Avaí havia somado seis pontos em campo antes do clássico, mas perdeu-os em seguida por ter escalado o zagueiro Antônio Carlos sem contrato num jogo contra o Marcílio Dias. 

**como a Copa do Brasil é disputada no sistema eliminatório (mata-mata), usamos a pontuação do Campeonato Catarinense para comparar as campanhas dos dois times quando ocorreram os confrontos pela Copa em 2015. Isso porque os jogos foram realizados logo após o estadual - a primeira partida três dias depois da final do Catarinense e a segunda na semana seguinte.

sábado, 1 de abril de 2017

Gol de volante, ausência constante

Tu saberias dizer qual foi o último volante a fazer gol pelo Avaí? A resposta não é fácil. Vendo o jogo contra o Joinville, me dei conta de que, no esquema do Claudinei, o time não é desenhado para que os volantes tenham grandes responsabilidades ofensivas. O time ataca muito com seus laterais e, por isso, precisa dos volantes mais "plantados". Pode ser porque não tem nenhum Leo Gago no elenco atual? É possível.

O fato é que em toda a "Era Claudinei" (35 jogos), nenhum volante fez gol ou deu passe para gol. Nenhunzinho. O último volante a dar passe para gol foi Jajá, no empate por 1 a 1 contra o Tupi pela Série B do ano passado (25 de junho de 2016), quando o treinador ainda era Silas. Jajá também foi o último a fazer gol, na vitória por 4 a 2 contra o Ceará na Série B do ano passado (28 de maio de 2016).

O gol de Jajá, no entanto, foi de falta. Com bola rolando, nenhum volante faz gol desde a última partida do Avaí em 2015. No empate por 1 a 1 contra o Corinthians (6 de dezembro de 2015), o xará do atual treinador, Claudinei, marcou de cabeça, após cruzamento de Nino Paraíba, o gol avaiano.

Quanto tempo faz que...

a) Um volante não dá passe para gol - 44 jogos
b) Um volante não faz gol - 52 jogos
c) Um volante não faz gol com bola rolando - 81 jogos